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Como Escrever Um Livro

Prólogo, Prefácio, Epílogo e Posfácio

Prólogo, Prefácio, Epílogo e Posfácio são termos familiares para muitos leitores, mas suas diferenças e importâncias podem ter passado despercebidas. Cada um desses elementos tem um uso específico e contribui de maneira única para a experiência de leitura de um livro. Nas próximas linhas, vamos explorar cada um desses recursos literários e entender suas principais funções em uma obra.

Prólogo

O prólogo nem sempre marca o início de uma história, pois pode estar situado no meio ou até mesmo no final. Você já se deparou com um livro, série ou filme em que, logo no início, é apresentado ao desenvolvimento da trama? Isso é o que caracteriza o prólogo.

Talvez você se lembre do filme “O Senhor dos Anéis”, em que nos primeiros minutos somos introduzidos a alguns fatos sobre o Um Anel. Ou ainda em “Game of Thrones”, onde no prólogo conhecemos um pouco do mundo de Westeros e ficamos curiosos sobre a presença dos Caminhantes Brancos.

Geralmente, um prólogo tem o propósito de ambientar o leitor no universo da história, apresentar suas regras e principais elementos, proporcionando uma maior imersão. É importante notar que nem sempre no primeiro capítulo temos o poder de entregar todas as informações necessárias, e é no prólogo que temos essa oportunidade.

Não há regras rígidas quanto ao tamanho e duração do prólogo; o mais importante é que ele se conecte de forma coesa com o restante do livro, mantendo o interesse do leitor ao longo da narrativa.

Epílogo

De maneira diferente, o epílogo atua como uma narrativa que ocorre após o último capítulo. Agora, os autores podem fornecer mais explicações sobre o que aconteceu com alguns personagens e resolver qualquer mistério definitivamente.

No último livro da saga Harry Potter, o epílogo apresenta o futuro da maioria dos personagens e, mesmo que brevemente, conclui qualquer linha de história que estava aberta.

Além de simplesmente explicar o que aconteceu, o epílogo também pode incluir um gancho para o próximo livro, aumentando ainda mais o interesse do leitor.

Assim como o prólogo, não existem regras rígidas quanto ao tamanho ou conteúdo do epílogo. Sinta-se à vontade para adicionar qualquer informação valiosa que complemente a narrativa.

Prefácio

Não confunda com o prólogo; seus usos têm significados totalmente distintos. Um prefácio é o primeiro texto do livro, anterior ao resto, e serve mais como uma introdução.

O epílogo não faz parte do enredo e pode ser escrito pelo autor ou por terceiros que tenham lido o original e precisem fazer uma introdução adequada ao leitor.

Na edição do livro “Laranja Mecânica”, a Editora Aleph apresenta um prefácio recheado de informações sobre a tradução, as alterações realizadas e os desafios encontrados. Em suma, é um texto que fala da obra, oferece opiniões e destaca tudo aquilo que for conveniente para o conhecimento do leitor.

Você também pode encontrar, em obras de autores falecidos, prefácios que abordam questões sobre a escrita, explicando, em alguns casos, o contexto em que a obra foi escrita e se pode apresentar informações incoerentes com a nossa época.

Monteiro Lobato é uma figura controversa devido ao teor racista de sua obra. Logo, o prefácio tem a função moral de explicar sua época e os problemas que aquela forma de expressão causa atualmente. Em suma, é possível indicar quais passagens não correspondem à atualidade e preparar o leitor para qualquer incômodo.

Posfácio

Por último, e talvez não tão importante, o posfácio é tudo aquilo que vem após o enredo, um adendo, explicação ou até mesmo uma advertência no encerramento de um livro.

Assim como o prefácio, pode ser escrito pelo autor ou por terceiros. No entanto, se já foi utilizado um prefácio, não há necessidade de produzir um posfácio, pois isso seria redundante.


Então, consegui esclarecer suas dúvidas sobre Prólogo, Prefácio, Epílogo e Posfácio, e quais são seus principais usos e aplicações?

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Raphael T. A. Santos é apaixonado por SciFY e literatura, tendo estado presente nas primeiras edições das antologias do Grupo Editorial Andross, com 6 contos, possuindo também uma publicação na antologia Rupturas, produzido no âmbito do Curso de Introdução à Escrita Criativa, coordenado pelo autor Tiago Novaes e, de forma independente, o conto de terror cósmico, Umidade, e atualmente escreve suas crônicas, tópicos de escrita criativa, carreira literária e marketing no site Escrita Selvagem. Publicou o seu primeiro livro de romance, Mãe de Sal, em 2021. Frágil como Origami é o seu segundo livro.

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