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Crônicas

O Primeiro Passo na Escrita

O meu primeiro passo na escrita deve ter começado ainda na infância, quando pegava os bonecos dos mais variados personagens e criava um mundo só deles, com seus passados e conflitos.

Meus primos tinham quase dez anos a mais, logo quando se cansavam dos brinquedos, me davam para liberar espaço em seus quartos. Tive Thundercats, GI Joe e outros que nem sei o nome. Mesmo usados e velhos, ainda faziam minha alegria e minhas histórias.

demônios das profundezas livro de rpg solo
Steve Jackson & Ian Livingstone

Claro que muito da vontade de escrever surgiu também quando comecei a ler Aventuras Fantásticas (Fighting Fantasy, no original). Peguei emprestado sem querer na biblioteca da escola, animado mais pela capa que pelo conteúdo e acho que o primeiro título foi, Demônios das Profundezas.

Para quem não conhece, são livros de RPG que você joga sozinha, ou seja, você vai lendo e seguindo o jogo conforme as instruções(“vá para a página 15 se quiser continuar, ou se quiser ficar, vá para a 230”) Após o primeiro segui para A Cripta do Feiticeiro, Sky Lord e A Cidade dos Ladrões(este inclusive se tornou até um trabalho de educação artística).

Por fim, quando assisti o primeiro filmes de O Senhor dos Anéis, o caminho já estava traçado. Vou me tornar escritor. Preciso criar um mundo meu, viver essas emoções, pois não sei outra coisa mais importante.

A vida não é fácil, mas há coisas que não tem importância agora, vamos falar da escrita, por muito tempo comecei a criar minhas histórias e como boa parte da minha geração, fui me desbravando nas fanfics dos meus games favoritos.

Posso dizer que foi um ótimo começo, despertou meu desejo pela escrita. Passeis dos personagens que não eram meus, para arriscar e pagar para ser publicado. Comecei com um conte terrível, mas de certa forma intrigante, escrevi sobre o fim do mundo, onde um rapaz com febre acaba acordando e vendo seu mundo virar de ponta cabeça.

Vou estragar o final aqui, pois duvido que alguém tenha um exemplar desse livro(tenho alguns ainda na verdade), então para poder encerrar, a solução que consegui foi que o protagonista morresse, pelas mãos de um dos alienígenas e assim o conto terminou. Curto e grosso.

O Conto chama “A tempestade”, quando a editora quis lançar um Volume II, pensei, “Vou escrever a continuação, chamar de ‘Bonança’ e incluir a irmão do personagem”. Ainda bem que não segui com essa ideia, pois hoje vejo que era péssima.

Não que odeie o primeiro conto, na verdade me orgulho. Mas hoje posso ver como evolui e que sou difere daquele quem fui. Mudei. Minha escrita mudou. Respeito meu passado e entendo que aquilo foi preciso.

Tá bom! O que realmente não gostei é que paguei para publicar, nunca vi novas edições desses livros, foram 6 contos em 6 antologias diversas(se quiser um exemplar ainda tenho alguns, me contate), que no final só me geraram caixas guardadas em casa por anos a fio.

No final, sabe o motivo desse texto ter chegado até aqui? Tudo isso foi parte e ainda é da minha carreira literária.

A Carreira Literária como Caminho

É por causa disse que criei o site, Escrita Selvagem. Vamos ser diferentes, investir em nós mesmos, não ficar esperando que as editoras façam todo o trabalho, somos autores, de longe as melhores pessoas para vender a nossa criação. Por isso esse site é pra você, que não entende nada de Marketing para Escritores e quer evoluir como profissional.

Então não perca tempo, pois quero te ajudar a entender mais como funciona uma estratégia, planejar a divulgação do seu próprio trabalho e como começar a vender agora seu livro em meios digitais.

Você está comigo nesta jornada? Por que nós só estamos começando.

Raphael T A Santos

Raphael T. A. Santos é apaixonado por SciFY e literatura, tendo estado presente nas primeiras edições das antologias do Grupo Editorial Andross, com 6 contos, possuindo também uma publicação na antologia Rupturas, produzido no âmbito do Curso de Introdução à Escrita Criativa, coordenado pelo autor Tiago Novaes e, de forma independente, o conto de terror cósmico, Umidade, e atualmente escreve suas crônicas, tópicos de escrita criativa, carreira literária e marketing no site Escrita Selvagem. Publicou o seu primeiro livro de romance, Mãe de Sal, em 2021. Frágil como Origami é o seu segundo livro.

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