a todo vapor brasiliana steampunk eneias tavares
Resenhas

A Todo Vapor — A Nova Série Brasileira de Steampunk

A Todo Vapor é a série criada por Enéias Tavares e Felipe Reis, que reimagina heróis da literatura clássica brasileira em um cenário retrofutirista. A produção chegou no dia 07 de Setembro de 2020 no Streaming da Amazon Prime e marca uma poderosa evolução nas produções nacionais de fantasia.

Nos moldes Tupinipunk, A Todo Vapor traz personagens conhecidos da obra de Enéias, como Capitu Machado, Vitória Acauã e Juca Pirama. Ainda mais, se você conhece nossa literatura clássica, reconheceu alguns nomes de referência das personagens como Machado de Assis, não é mesmo?

Revisitando características do gênero, A Todo Vapor tem base na franquia denominada como Brasiliana Steampunk. Tendo início com o livro A Lição de Anatomia do Temível Dr Louison, seguido por, Guanabara Real: A Alcova da Morte e o primeiro volume da série A Todo Vapor, Juca Pirama: Marcado Para Morrer.

Série A Todo Vapor — O que podemos esperar?

O seriado A Todo Vapor é criação conjunta do Enéias aliado com Felipe Reis (que interpreta Juca Pirama) diretor da Cine Kings Produções.

Nesta primeira temporada, intitulada como “Os Crimes do Tarô“, a trama leva para a investigação de uma série de assassinatos de autoria desconhecida. Os crimes são assinados recriando imagens das cartas de tarô com os corpos de suas vítimas. Tal fato leva a dupla de investigadores a Vila Antiga dos Astrônomos no ano 1908 em São Paulo.

Os Personagens: Juca Pirama e Capitu Machado

Um destaque importante é que a produção tem baixo orçamento, mas o empenho da direção, quanto da atuação, entregaram uma obra concisa e muito bem executada.

Os figurinos característicos do steampunk estão presentes em elegantes trajes, cartolas e óculos de proteção (goggles). Assim também, como diversos aparatos tecnológicos auxiliam os personagens na sua investigação, seja para buscar digitais, ou mesmo preparar um rápido café.

Em uma cuidadosa escolha de cenários, conhecemos o mundo de Brasiliana Steampunk e apesar de pequenas falhas na pós-produção, nada impedi uma excelente experiência entre todos os oito episódios.

Não podemos deixar de lado a dinâmica entre os personagens e suas falas que são muito bem construídas e executadas. Definitivamente, não deixando margem para atuações simples, mas sim bastante complexas e profissionais.

O roteiro e ambientação de A Todo Vapor

As locações da série ocorrem em diversos locações, como o interior de São Paulo, a Vila de Paranapiacaba, “Nos Trilhos” um espaço cultural no Bairro da Mooca em São Paulo, cercado por trens centenários e trilhos, e o distrito de Santo André, morada da SteamCon, evento destinado aos amantes de SteamPunk e da Era Vitoriana. Por sua vez, a união desses locais dá vida e originalidade à Vila Antiga dos Astrônomos, a cidade fictícia da série A Todo Vapor.

Muitos elementos do universo Steampunk estão presentes entre as cenas, de forma orgânica e cooperando para trazer uma maior imersão do espectador para o mundo de Enéias Tavares.

Vale a pena assistir A Todo Vapor?

Com uma pegada ousada, a série se mostra muito rica no universo de Steampunk e apresenta uma história engraçada, curiosa e inusitada. Em síntese, A Todo Vapor é uma séria muito divertida e que vai conquistar o seu coração, assim como conquistou o meu, que já está ansioso para uma próxima temporada.


Já assistiu aos episódios? Comente aqui embaixo e diga o que achou da série! Acompanhe o site do Escrita Selvagem para saber mais sobre produções baseadas em livros, resenhas literárias e suas adaptações.

Raphael T. A. Santos é apaixonado por SciFY e literatura, tendo estado presente nas primeiras edições das antologias do Grupo Editorial Andross, com 6 contos, possuindo também uma publicação na antologia Rupturas, produzido no âmbito do Curso de Introdução à Escrita Criativa, coordenado pelo autor Tiago Novaes e, de forma independente, o conto de terror cósmico, Umidade, e atualmente escreve suas crônicas, tópicos de escrita criativa, carreira literária e marketing no site Escrita Selvagem. Publicou o seu primeiro livro de romance, Mãe de Sal, em 2021. Frágil como Origami é o seu segundo livro.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.