Tipos de Poesia: descubra as principais 15 formas poéticas

A poesia é uma forma de expressão artística que, ao longo de sua história, tem sido definida pela maneira como adere ou desafia sua própria tradição. Uma parte significativa dessa rica tradição são as diversas formas poéticas defendidas pelos principais escritores de cada geração.

Neste guia, exploraremos apresentaremos 15 tipos de poesia que todos devem conhecer e que vão te auxiliar a se encontrar como autor de poemas.

Conteúdos abordados

1. Soneto

A invenção do soneto é geralmente atribuída ao poeta siciliano do século XIII, Giacomo da Lentini. Ele desenvolveu essa forma poética como uma maneira ideal de expressar o “amor cortês”. Originalmente, o soneto era amplamente utilizado para transmitir o sentimento de um “amor proibido” na corte, retratando situações como “uma nobre dama se apaixonando por um escudeiro”. Naquela época, o soneto era considerado um gênero em si.

As variações modernas do soneto, como os “Sonnets de Glanmore”, de Seamus Heaney, aproximam-se mais do cotidiano. Nesses poemas, Heaney brinca com as expectativas dramáticas tradicionais do soneto ao escrever sobre assuntos mundanos.

Existem duas formas de soneto mais comumente conhecidas, nomeadas em homenagem a seus praticantes mais famosos: William Shakespeare e o poeta do século XIV, Petrarca. Embora ambos os tipos tenham catorze linhas, cada um possui um conjunto diferente de regras:

O que faz um soneto de Shakespeare?

Um soneto de Shakespeare segue uma estrutura fixa e características distintas que são associadas ao estilo do poeta. Aqui estão algumas características típicas de um soneto de Shakespeare:

Estrutura: O soneto de Shakespeare é composto por 14 versos, divididos em três quartetos (quatro versos cada) e um dístico final (dois versos). Essa estrutura de 4 + 4 + 4 + 2 é conhecida como um soneto shakespeariano ou soneto inglês.
Rima: Os versos do soneto de Shakespeare seguem um padrão de rima específico. Os quartetos geralmente apresentam uma sequência de rimas abab (abab cdcd efef), enquanto o dístico final possui uma rima gg.
Métrica: Shakespeare escrevia seus sonetos em pentâmetro jâmbico, que consiste em versos com dez sílabas poéticas, enfatizando uma sílaba tônica seguida de uma sílaba átona.
Temática: Os sonetos de Shakespeare abordam uma ampla gama de temas, incluindo amor, beleza, tempo, imortalidade, desejo, traição e reflexões sobre a natureza humana. Muitos de seus sonetos exploram o conflito entre a paixão amorosa e a passagem do tempo.
Uso de figuras de linguagem: Shakespeare emprega várias figuras de linguagem, como metáforas, comparações, aliterações e antíteses, para expressar suas ideias de maneira vívida e impactante.

Os sonetos de Shakespeare são conhecidos por sua habilidade lírica, complexidade temática e a profundidade emocional que eles capturam em apenas 14 linhas.

O que é pentâmetro iâmbico?

Pentâmetro iâmbico é um termo utilizado na métrica poética para descrever um padrão rítmico específico encontrado em versos. É uma forma de medir a métrica de um verso, contando o número de sílabas poéticas e o tipo de sílabas tônicas e átonas.

No caso do pentâmetro iâmbico, cada verso é composto por cinco pés iâmbicos. Um pé iâmbico consiste em duas sílabas, sendo a primeira sílaba átona (sem acento tônico) e a segunda sílaba tônica (com acento tônico). Portanto, o pentâmetro iâmbico é uma sequência de cinco pés iâmbicos, totalizando dez sílabas poéticas por verso.

Para entender melhor, aqui está um exemplo de um verso em pentâmetro iâmbico:

“O rato ROEU a ROUpa do REI” (cada sílaba poética é indicada em maiúsculas)

Nesse exemplo, temos cinco pés iâmbicos: “O RA-“, “TO RO-“, “EU a”, “ROU-pa”, “do REI”.

O pentâmetro iâmbico é uma métrica comumente usada na poesia inglesa, especialmente nos sonetos de Shakespeare. Essa métrica cria um ritmo suave e cadenciado, contribuindo para a musicalidade e fluidez do verso.

O que faz um soneto Petrarchan?

Um soneto Petrarchan, também conhecido como soneto italiano, segue uma estrutura específica e características distintas que são associadas ao estilo do poeta Francesco Petrarca. Aqui estão algumas características típicas de um soneto Petrarchan:

Estrutura: O soneto Petrarchan é composto por 14 versos, divididos em dois blocos: um octeto (ou estrofe inicial) de oito versos e um sesteto (ou estrofe final) de seis versos. Essa estrutura de 8 + 6 é conhecida como um soneto Petrarchan.
Rima: Os versos do soneto Petrarchan seguem um padrão de rima específico. No octeto, as rimas são organizadas em duas quadras (ABBA ABBA). Já no sesteto, as rimas podem seguir diferentes padrões, como CDECDE, CDCDCD ou CDEDCE. Geralmente, há uma mudança de rima entre o octeto e o sesteto, chamada de “volta” ou “mudança do tom”, que marca uma mudança de tema ou perspectiva.
Métrica: O soneto Petrarchan pode ser escrito em diversas métricas, mas a mais comum é o pentâmetro jâmbico, que consiste em versos com dez sílabas poéticas, enfatizando uma sílaba tônica seguida de uma sílaba átona.
Temática: Os sonetos Petrarchan são conhecidos por explorarem temas como amor, paixão, beleza, idealização da amada e conflitos emocionais. Eles frequentemente retratam o eu lírico como um amante em sofrimento, descrevendo a intensidade dos sentimentos e a angústia do amor não correspondido.
Uso de figuras de linguagem: Os sonetos Petrarchan são caracterizados pelo uso de figuras de linguagem, como metáforas, comparações, hipérboles e paradoxos, para expressar os sentimentos e as emoções de maneira poética e eloquente.

Os sonetos Petrarchan são uma tradição poética importante e influente, que inspirou muitos poetas ao longo dos séculos. Sua estrutura e temas são distintos, permitindo a exploração profunda dos sentimentos e do amor romântico.

Exemplo shakespeariano: “ Soneto 18″ de William Shakespeare

Devo comparar-te a um dia de verão?
Tu és mais amável e mais temperado:
Ventos ásperos abalam as delicadas flores de maio,
E o verão dura pouco demais:
Às vezes, o olho do céu brilha com excessivo calor,
E frequentemente sua aparência dourada se ofusca;
E toda beleza por vezes declina,
Por acaso ou pelas mudanças da natureza;
Mas o teu verão eterno não desvanecerá
Nem perderá o que lhe é belo;
Nem a Morte se vangloriará de que vagueias em sua sombra,
Quando em versos eternos ao tempo cresceres:
Enquanto houver pessoas que respirem ou olhos possam ver,
Viverá este poema, e isso te dará vida.

Exemplo Petrarchan: “How Do I Love Thee? (Soneto 43)” por Elizabeth Barrett Browning

Como eu te amo? Deixa-me contar as formas.
Eu te amo até a profundidade, a largura e a altura
Que a minha alma pode alcançar quando sente a vista
Em busca do fim da existência e da Graça ideal.
Eu te amo até o nível das necessidades diárias
Mais calmas, pela luz do sol e à luz das velas.
Eu te amo com a paixão que os homens
Buscam o que é justo, eu te amo com pureza,
Eu te amo com o amor que usei
Para as minhas velhas tristezas e com a fé
Que tinha quando criança. Eu te amo
Com todo o amor que perdi com meus santos mortos.
Eu te amo com o fôlego, os sorrisos, as lágrimas
De toda a minha vida! E se Deus quiser,
Ainda hei de te amar melhor depois da morte.

2. Ode

Uma ode é um gênero de poesia lírica que tem suas raízes na Grécia antiga. Ela é caracterizada por ser um poema longo e formal, escrito em estrofes regulares, que expressa uma intensa e exaltada admiração por algo ou alguém. As odes geralmente celebram e elogiam uma pessoa, um evento, um lugar, uma ideia ou até mesmo um objeto.

Uma característica importante das odes é o uso de uma linguagem grandiosa e elevada, repleta de metáforas, imagens vívidas e expressões poéticas marcantes. Elas buscam despertar emoções intensas e criar um impacto emocional profundo no leitor.

As odes podem seguir diferentes estruturas e formatos, como a ode pindárica (inspirada no poeta Píndaro), a ode horaciana (inspirada no poeta Horácio) e a ode keatsiana (inspirada no poeta John Keats). Cada uma dessas formas possui suas próprias características métricas e estilísticas.

O que faz uma ode pindárica?

A ode pindárica é um tipo específico de ode que segue a estrutura e o estilo do poeta lírico grego Píndaro. Caracteriza-se por sua complexidade métrica e temática, e geralmente é dividida em três partes principais: estrofe, antístrofe e epodo.

Na ode pindárica, as estrofes e antístrofes possuem métrica e ritmo semelhantes, com um padrão estrófico fixo. A estrofe é seguida pela antístrofe, que é uma resposta ou reflexão da estrofe. Já o epodo, que pode ser uma única estrofe ou um conjunto delas, apresenta uma métrica diferente e funciona como um contraponto ou conclusão.

Quanto aos temas, as odes pindáricas costumam celebrar eventos esportivos, vitórias atléticas, competições e feitos heróicos. Elas também podem ser dedicadas a figuras nobres ou divindades, expressando admiração, glória e exaltação. Os poemas geralmente são escritos em um tom grandioso, com uma linguagem poética rica em metáforas e imagens.

A ode pindárica é conhecida por sua complexidade formal e seu uso de metrificação intricada, incluindo a combinação de versos longos e curtos. É uma forma poética desafiadora e considerada uma das mais importantes na tradição lírica grega.

O que torna uma ode horaciana?

A ode horaciana é um tipo de ode que segue a estrutura e o estilo do poeta lírico romano Horácio. Ao contrário da ode pindárica, a ode horaciana é mais flexível em termos de métrica e estrutura, adaptando-se a diferentes formas poéticas.

Uma característica distintiva da ode horaciana é o uso de estrofes curtas e variadas, em vez de uma estrutura fixa. Horácio utilizava estrofes como estrofe alcaica, estrofe sáfica e estrofe asclepiadeia, entre outras, para criar diferentes ritmos e efeitos poéticos.

Quanto aos temas, as odes horacianas costumam abordar uma ampla variedade de assuntos, incluindo a celebração da vida, a contemplação filosófica, a crítica social e política, e a reflexão sobre a passagem do tempo. Horácio valorizava a moderação e a simplicidade, e suas odes frequentemente exploravam a busca pelo equilíbrio e pela sabedoria.

Em termos de estilo, a ode horaciana apresenta uma linguagem poética elegante e refinada, com o uso de metáforas, imagens vívidas e expressões poéticas marcantes. Horácio valorizava a clareza e a concisão em sua escrita, buscando transmitir mensagens complexas de forma acessível.

As odes horacianas exerceram uma grande influência na poesia ocidental ao longo dos séculos, e muitos poetas subsequentes foram inspirados pelo estilo e pela temática explorados por Horácio em suas odes.

O que torna uma ode irregular?

Uma ode irregular é caracterizada pela ausência de uma estrutura fixa ou predefinida. Diferentemente de outros tipos de odes que possuem métrica, estrofes e esquemas rítmicos específicos, a ode irregular é mais livre em termos de forma e organização.

Em uma ode irregular, o poeta tem liberdade para explorar diferentes comprimentos de estrofes, métricas variadas e ritmos distintos. Não há uma sequência regular de estrofes ou um padrão rígido a ser seguido. Isso permite que o poeta experimente e se adapte de acordo com a expressão de suas ideias e emoções.

Além da estrutura, a ode irregular também pode apresentar uma linguagem poética menos convencional e mais ousada. O poeta pode utilizar recursos literários como a quebra de padrões métricos, a mistura de diferentes estilos e a exploração de imagens e metáforas de forma mais livre e não restrita.

Essa falta de regularidade estrutural e métrica na ode irregular permite ao poeta uma maior flexibilidade e liberdade criativa para transmitir suas emoções, pensamentos e ideias de maneira mais pessoal e única. Isso pode resultar em odes de grande expressividade e originalidade, rompendo com as convenções estabelecidas pela poesia tradicional.

Exemplo de ode pindárica:

Ó Píton, cantarei a ti, que tens o trono divino, guardião do santuário de Delfos, onde teus oráculos ecoam.

Ó Apolo, deus da luz, com tua lira de ouro e cabelos radiantes, inspiras as musas a cantar.

Ergo minha voz em louvor a ti, ó poderoso Píton, e rogo por teus favores, pela sabedoria que compartilhas.

Ó deus sagrado, ouve minha súplica, pois busco tua inspiração, para criar versos imortais, que ecoem através dos tempos.

Exemplo da ode horaciana: “Ode to Leuconoë” de Horácio

Tu não busques, Leuconoë, saber, somos obrigados,
qual fim os deuses tenham dado a mim, a ti;
nem te importes com os babilônios calculadores,
como Júpiter os expulsou com seus sinais
(mais belo seria que aceitasses o que quer que ocorra),
quer devamos viver muitos invernos ou este seja o último,
o qual agora faz com que o mar Tirreno
irritado bata contra as rochas opostas.
Se souberes suportar o quanto é digno, e o que for,
e não esperar maiores coisas, estás sábia.
Enquanto falamos, o tempo ciumento foge: aproveita o dia,
crendo o mínimo possível no dia seguinte.

Exemplo de ode irregular: “Ode à Liberdade”

Ó Liberdade, que voas pelo ar,
Como um pássaro sem destino a voar.
Tu não conheces limites ou moldes,
A tua essência é livre e desprendida.

Tu brilhas como o sol no horizonte,
Espalhando a luz da tua fonte.
Não há regras que possam te conter,
Pois és a expressão pura do ser.

Liberdade, tu és a força da criação,
Inspiras artistas e trazes inovação.
Em teus passos irregulares e soltos,
Despertas o fogo criativo em vários pontos.

Não há amarras que possam te prender,
Pois és a essência do viver.
Ó Liberdade, em teu abraço aberto,
Encontramos a verdade e o amor desperto.

3. Balada

Uma balada é um gênero poético e musical que tem suas origens nas tradições populares e folclóricas. Ela é caracterizada por contar uma história narrativa, geralmente com temas como amor, tragédia, heroísmo ou eventos históricos. As baladas são conhecidas por evocar emoções intensas e transmitir narrativas cativantes.

Quanto à estrutura, a balada pode variar, mas geralmente segue uma forma fixa de estrofes e rimas. A estrutura mais comum é a seguinte:

Introdução ou estrofe inicial: Apresenta o tema principal da balada e estabelece o tom da história.
Estrofes de desenvolvimento: Desenvolvem a narrativa e avançam a história. Podem haver várias estrofes nessa seção.
Refrão: Uma linha ou estrofe que é repetida após cada estrofe de desenvolvimento. O refrão pode enfatizar um ponto-chave da história ou trazer uma sensação de repetição e familiaridade.
Estrofe de clímax: É uma estrofe que geralmente ocorre no meio ou no final da balada, representando um momento crucial ou o clímax da história.
Estrofes de resolução: Concluem a narrativa e trazem um desfecho para a história. Podem trazer uma lição moral, uma reflexão sobre o tema ou um desfecho surpreendente.

Além disso, as baladas frequentemente utilizam esquemas de rima, como ABAB ou ABCB, para criar uma cadência e harmonia na narrativa.

É importante ressaltar que a estrutura da balada pode variar e não há uma fórmula rígida a ser seguida. A natureza do gênero permite certa flexibilidade e criatividade por parte do poeta.

Exemplo de balada: “Ao Vento” por Cecília Meireles

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.

Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento.

Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço,

não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo:

mais nada.

4. Elegia

Uma elegia é um gênero poético que tem suas origens na Grécia Antiga. Ela é caracterizada por expressar lamento, tristeza e pesar pela perda de algo ou alguém. As elegias são frequentemente escritas em honra a pessoas falecidas, mas também podem abordar temas como desilusão, amor não correspondido, melancolia e temas sombrios.

Quanto à estrutura, as elegias não possuem uma forma fixa e podem variar em termos de métrica, estrofes e esquemas de rima. No entanto, algumas características comuns podem ser observadas:

Tom de lamentação: As elegias são geralmente escritas em um tom melancólico e lamentoso, transmitindo tristeza e pesar.
Narrativa pessoal: O poeta pode compartilhar experiências pessoais ou contar histórias relacionadas à perda ou ao tema abordado.
Uso de figuras de linguagem: As elegias podem fazer uso de metáforas, hipérboles e outras figuras de linguagem para transmitir emoções intensas e criar imagens vívidas.
Expressão de sentimentos: O poeta expressa seus sentimentos de tristeza, dor ou saudade em relação à perda ou ao tema central.
Reflexão ou consolo: As elegias podem conter momentos de reflexão sobre a transitoriedade da vida, a inevitabilidade da morte ou procurar algum tipo de consolo em meio à dor.

É importante destacar que a estrutura das elegias pode variar, pois os poetas têm liberdade criativa para adaptar o gênero às suas necessidades expressivas. A essência da elegia reside na expressão sincera de emoções profundas relacionadas à perda ou à dor.

Exemplo de elegia: “Marília de Dirceu” de Tomás Antônio Gonzaga

Oh! Que ventura, Marília, a minha,
Se minha Marília, em meu contentamento,
Soubesse ver quantas saudades sinto,
Quanto padeço, e quão cruel me é o fado!
Pudera então, qual sol do ocaso,
Aquecer-me do frio de tão triste pensamento,
E aniquilar o tempo com desejos!
Mas pois que inútil é quanto padeço,
Espero só no tempo a cura a tanto mal.
Assim ferido de infelice sorte,
Vago buscando a paz que me está negada.
Vendo no céu escrita a minha má ventura,
Procuro a sesta, o esquecimento, a morte.
Mas como há de morrer quem já está morto?
Prazeres são os teus, dor só é minha.
Ah! Quem pudera acabar a desventura,
Dando-te o tempo os prazeres que consente!
Viver em lágrimas e em dor e mágoa,
É o fado cruel que me está reservado.
Ao menos se eu pudera as minhas dores
Contar à minha lira, quanto desgosto!
Cantaria minh’alma ao mundo inteiro
O que lhe vai no peito, o que padece.
Mas essa mesma lira já não serve,
Pois que só o que canta é a minha mágoa.
Não pode, pois, cantar mais que meu pranto
Pois meu pranto é de vida o só alento.
Assim desfalecendo entre prazer e dor,
Vivo esquecido de uma vida em morte.
Sem ti, oh! minha amada, nada sinto.
Só meu pensamento é o que me resta.
Vem, pois, buscar-me, vem prender-me a ti.
Vem dar-me vida em tua companhia.
Assim terás a glória imortal,
De haveres, Marília, salvado um morto.

5. Épico

Um poema épico é uma forma literária que narra uma história grandiosa e heroica. Ele retrata eventos significativos e heróicos, geralmente envolvendo personagens mitológicos ou históricos, batalhas, conquistas e aventuras. Os poemas épicos têm origem na tradição oral e são conhecidos por sua extensão e complexidade.

Em relação à estrutura, os poemas épicos geralmente seguem algumas características:

Narrativa longa: Os poemas épicos são extensos e contêm uma narrativa que abrange eventos significativos e uma série de episódios relacionados.

Herói ou protagonista: Há um personagem principal, geralmente um herói, cujas ações e jornada são o foco central do poema.

Intervenção divina: Os deuses ou seres sobrenaturais muitas vezes estão envolvidos na história e podem intervir nos eventos ou apoiar o herói.

Linguagem elevada: Os poemas épicos utilizam uma linguagem formal, solene e grandiosa, com o objetivo de retratar a grandiosidade dos eventos narrados.

Estrutura em versos ou estrofes: Os poemas épicos são frequentemente compostos em versos, como hexâmetros, ou divididos em estrofes específicas, como estrofes épicas ou oitavas.

Caráter moral ou temático: Os poemas épicos muitas vezes carregam uma mensagem moral ou exploram temas universais, como coragem, honra, destino, poder, guerra, entre outros.

Um exemplo clássico de poema épico é “A Ilíada” de Homero, que narra os eventos da Guerra de Troia e destaca os heróis gregos, como Aquiles. Outro exemplo é “A Divina Comédia” de Dante Alighieri, que retrata a jornada do protagonista através do Inferno, Purgatório e Paraíso. Essas obras são conhecidas por sua extensão, complexidade narrativa e por apresentarem elementos épicos em sua estrutura.

Exemplo de poesia épica: “Os Lusíadas” de Luís de Camões

Cantai, ó Musa, o peito ilustre e forte
Que perigos incalculáveis venceu,
Do Lusitano povo, e do seu rei
Altivo, a quem o Oriente obedeceu.

Cantai as armas de valor valente,
De Afonso, a quem submisso o mar se fez,
Pois sobre a morte os fez prisioneiros
Os godos, cujo império tanto desfez.

Mas agora minha voz não é mais
Para tal altos feitos, nem tal canto,
Pois não sou como outrora ardente e jovem,
E tive meu vigor, já todo em pranto.

Mas, se acaso a memória antiga ajuda,
E virtude não dorme, e Amor não morre,
Terei glória eterna e fama imortal,
Por sempre se lembrar de tal perda e dor.

6. Alexandrina

A poesia alexandrina é um estilo poético que se originou na Grécia Antiga e se desenvolveu na época helenística. Recebe esse nome devido ao seu uso predominante na poesia produzida em Alexandria, cidade conhecida por sua rica produção literária.

A estrutura da poesia alexandrina é caracterizada por versos hexâmetros, que consistem em seis pés métricos. Cada pé métrico é composto por duas sílabas, sendo uma sílaba longa seguida por uma sílaba curta (daí o termo “alexandrino”, que se refere à cidade de Alexandria). Portanto, um verso alexandrino tem doze sílabas.

Além disso, a poesia alexandrina geralmente segue uma rígida estrutura métrica e apresenta uma ênfase no uso de rimas. Os versos são estruturados de forma a formar estrofes regulares, como tercetos, quartetos ou sextetos, com rimas definidas e repetidas ao longo do poema.

Esse estilo poético foi amplamente utilizado pelos poetas alexandrinos, como Calímaco e Teócrito, e também teve influência na literatura romana, sendo utilizado por poetas como Virgílio e Ovídio.

A poesia alexandrina é conhecida por sua precisão métrica, ritmo cadenciado e uso sofisticado da linguagem. Sua estrutura rígida e forma poética elaborada refletem a busca por perfeição e harmonia estética característica da época helenística.

O que faz um alexandrino francês

O alexandrino francês é amplamente utilizado na poesia francesa desde a Idade Média até os dias atuais.
Consiste em doze sílabas divididas em seis pés métricos, seguindo a estrutura tradicional de sílabas longas e curtas.
Geralmente, as sílabas longas são marcadas por acentos tônicos, enfatizando o ritmo do verso.
Os versos são frequentemente rimados e organizados em estrofes regulares.
É conhecido por seu ritmo regular, melódico e musicalidade, com uma pausa obrigatória (cesura) no meio do verso.
Exemplos notáveis de autores que utilizaram o alexandrino francês incluem François Villon, Pierre de Ronsard e Jean Racine.

O que faz um alexandrino inglês?

O alexandrino inglês é uma forma métrica menos comum na poesia inglesa em comparação com o francês.
Também consiste em doze sílabas divididas em seis pés métricos, mas difere na ênfase e estrutura rítmica.
Em vez de seguir a distinção entre sílabas longas e curtas, o alexandrino inglês enfatiza o ritmo acentual, com ênfase nas sílabas tônicas.
O ritmo é mais flexível, permitindo uma variedade de combinações rítmicas.
Os versos podem ser rimados ou não, e a organização em estrofes é mais flexível.
Um exemplo notável de uso do alexandrino inglês é o poema “The Faerie Queene” de Edmund Spenser.

Extrato alexandrino: “Soneto de Fidelidade” de Vinicius de Moraes

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

7. Verso em branco

Um poema em verso branco é um tipo de poesia que não segue um esquema de rima regular. Ao contrário dos poemas que utilizam rimas estruturadas, o verso branco não apresenta padrões predefinidos de rimas, permitindo maior liberdade para o poeta na organização dos versos.

A principal característica de um poema em verso branco é a ausência de rimas endógenas ou esquemas rímicos específicos. No entanto, isso não significa que não haja nenhuma forma de ritmo ou estrutura no poema. O ritmo e a musicalidade são criados por meio da disposição das sílabas poéticas, das pausas, da repetição de sons ou de outros recursos estilísticos, como aliterações e assonâncias.

A ausência de uma rima preestabelecida no verso branco permite ao poeta explorar outras formas de expressão, focando na construção de imagens, no uso de figuras de linguagem e na organização das ideias de forma mais livre. Isso possibilita uma maior flexibilidade e experimentação na composição poética.

O verso branco é uma alternativa à estrutura tradicional dos poemas em rima, proporcionando ao poeta uma maior liberdade criativa e uma oportunidade de explorar diferentes recursos expressivos.

Exemplo de verso em branco: “O Infinito” de Fernando Pessoa

Onda quebrada
Noutro lugar,
Nem ela é nada,
Nem é o lugar.

Praia incansada
Sempre a beijar
A mesma amada
Sem se fartar.

Vaga liberta
Dum longo azar,
Tudo se aperta
Num longo olhar.

Onda que esfria
Sem se gastar,
Onda vazia
Nunca a findar.

8. Vilanela

A vilanela é uma forma poética composta por 19 versos, divididos em cinco tercetos (estrofes de três versos) e um quatrain (estrofe de quatro versos). Sua estrutura segue um padrão rítmico e de repetição específico.

A estrutura básica de uma vilanela é a seguinte:

1ª estrofe:

Verso 1
Verso 2
Verso 3
2ª estrofe:

Verso 4
Verso 1 (repetido)
3ª estrofe:

Verso 5
Verso 2 (repetido)
4ª estrofe:

Verso 6
Verso 3 (repetido)
5ª estrofe:

Verso 7
Verso 4 (repetido)
6ª estrofe (quatrain):

Verso 8
Verso 6 (repetido)
Verso 5 (repetido)
Verso 7 (repetido)
A característica marcante da vilanela é a repetição de dois versos ao longo do poema: o primeiro verso da primeira estrofe é repetido no final das estrofes 2, 4 e 6, enquanto o terceiro verso da primeira estrofe é repetido no final das estrofes 3, 5 e no último verso do quatrain.

Além da estrutura rítmica e repetitiva, a vilanela também apresenta uma temática geralmente melancólica ou reflexiva. Essa forma poética foi popularizada por poetas como Dylan Thomas (“Do not go gentle into that good night”) e Elizabeth Bishop (“One Art”).

Exemplo de Vilanela: “Villanelle” de Cecília Meireles

A minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição para o homem,
mulher é que fica para tia.
Mas não há pressa, o amor não faz sentido.

A morte é chata e a vida não faz sentido.
Dorme com um olho aberto para o futuro,
um olho que você vai herdando dos seus avós.

Dorme com um olho aberto para o passado,
que a vida é curta e o mundo é largo.
Pra se consolar, vou lhe dar minha vida.

Mas não é por isso que você vai me esquecer.
Porque amar, amar é um elo,
uma corrente que não se pode arrebentar.

9. Verso livre

Um poema de verso livre é uma forma de expressão poética que não segue uma estrutura rígida de métrica, rima ou esquema de estrofes predefinidos. Diferentemente de formas poéticas tradicionais, como sonetos, odes ou baladas, o poema de verso livre permite ao poeta uma maior liberdade criativa na organização do texto.

No poema de verso livre, o poeta tem a liberdade de escolher a extensão dos versos, a disposição dos espaços em branco, a pausa e a cadência de acordo com a sua intenção artística e a expressão do tema. Não há restrições quanto ao número de sílabas poéticas, ritmo ou padrão de rima. Essa forma de poesia permite ao poeta explorar a sonoridade das palavras, a cadência do discurso e a organização visual no espaço da página.

O objetivo do poema de verso livre é transmitir a emoção, a ideia, a imagem ou a reflexão do poeta de maneira autêntica e pessoal. Ele proporciona uma maior flexibilidade e experimentação, permitindo ao poeta romper com as convenções formais e criar uma voz poética única.

Um poema de verso livre pode apresentar uma ampla variedade de estilos, estruturas e temáticas, refletindo a diversidade e a inovação na poesia contemporânea. É uma forma de expressão poética que valoriza a liberdade criativa e a individualidade do poeta.

Exemplo de verso livre: “Poema de Sete Faces” de Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.

Porém, meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

10. Acróstico

Um acróstico é um tipo de composição poética em que as letras iniciais, do meio ou finais de cada verso, quando lidas em sequência vertical, formam uma palavra ou frase relacionada ao tema do poema. A estrutura de um acróstico pode variar, mas geralmente segue um padrão em que cada linha ou estrofe contribui para a formação do acróstico.

A estrutura básica de um acróstico pode ser exemplificada da seguinte forma:

Cada verso do poema começa com uma letra que, quando lida verticalmente, forma a palavra ou frase desejada.
O número de versos pode variar de acordo com o comprimento da palavra ou frase escolhida.
Os versos podem ter métrica e ritmo variados, conforme a escolha do poeta.
O conteúdo do poema geralmente está relacionado à palavra ou frase escolhida para o acróstico, podendo explorar diferentes temáticas e sentimentos.
Os acrósticos são uma forma criativa de expressão poética, pois envolvem a habilidade de combinar palavras e ideias de forma a criar um efeito visual e sonoro interessante. É uma técnica utilizada tanto em poesia como em outros tipos de escrita, como na criação de acrósticos em prosa.

Exemplo de acróstico: “Poema”

Palavras deslizam na folha em branco,
Onde versos nascem do pensamento,
Expressões ganham vida, num encanto,
Mergulhando no oceano do sentimento,
Amálgama de emoções, um canto.

11. Haicai

Um haicai é uma forma de poesia tradicional japonesa que se destaca por sua brevidade e pela captura de um momento fugaz da natureza. Ele geralmente é composto por três versos, seguindo uma estrutura de 5-7-5 sílabas. O objetivo do haicai é transmitir uma experiência sensorial ou uma percepção profunda em relação à natureza, com simplicidade e concisão.

O haicai busca capturar a essência de um momento, evocando imagens vívidas e despertando uma conexão emocional com a natureza. Ele valoriza a observação atenta e contemplativa, destacando detalhes sutis e criando um senso de harmonia e equilíbrio. Tradicionalmente, os haicais estão relacionados às estações do ano e refletem a filosofia japonesa de apreciar a natureza em sua forma mais pura.

Embora originalmente escrito em japonês, o haicai também foi adotado em várias outras culturas e línguas ao redor do mundo, mantendo sua essência de brevidade, simplicidade e foco na natureza.

Exemplo de haiku: “Na velha lagoa”de Matsuo Bashō

Na velha lagoa
Um sapo salta –
O som da água.

12. Epigrama

Epigrama é uma forma poética concisa e satírica que expressa um pensamento perspicaz, muitas vezes com um toque de ironia ou humor. Geralmente, um epigrama é composto por um único verso ou uma estrofe curta. Sua estrutura varia, mas geralmente é caracterizada por rimas e métricas definidas. No entanto, o uso de trocadilhos, jogos de palavras e inversões também é comum nos epigramas.

Os epigramas são conhecidos por sua brevidade e habilidade em transmitir uma crítica ou reflexão de forma concisa e impactante. Eles podem abordar uma ampla gama de temas, como política, sociedade, amor, moralidade, entre outros. Sua natureza concisa e seu tom satírico os tornam eficazes em provocar uma resposta rápida ou até mesmo arrancar um sorriso do leitor.

Exemplo de epigrama: Desconhecido

“Quem acredita em facilidades
Nunca fez poesia de verdade,
Pois versos não são puras vaidades,
São transpiração e ansiedade.”

13. Epitáfio

Um epitáfio é uma inscrição curta ou frase memorial que é gravada em uma lápide, monumento ou sepultura para homenagear e lembrar uma pessoa falecida. É uma forma de expressar sentimentos de amor, saudade, respeito ou até mesmo humor em relação ao falecido. Geralmente, os epitáfios são compostos por poucas palavras e têm como objetivo capturar a essência da pessoa ou transmitir uma mensagem significativa sobre sua vida, personalidade ou legado.

Os epitáfios podem ser sérios, como uma reflexão sobre a vida ou uma expressão de luto, ou podem ser leves e engraçados, refletindo o senso de humor do falecido. Eles são uma forma de honrar a memória da pessoa falecida e deixar uma mensagem duradoura para aqueles que visitam o túmulo ou monumento. Além disso, os epitáfios também podem servir como fonte de conforto e consolo para os entes queridos que estão de luto.

Exemplo de epitáfio: Eva Perón

“Não chores por mim perdida ao longe, eu sou parte essencial da sua existência, todo o amor e dor me foi previsto, cumpri minha humilde imitação de Cristo que andou em meu caminho para seguir seus discípulos”.

14. Limerick

Um limerick é um tipo de poema curto e humorístico que segue uma estrutura específica. Ele é composto por cinco linhas, com um esquema de rimas característico e um ritmo peculiar. Os limericks são conhecidos por seu tom alegre, muitas vezes com elementos de trocadilhos, humor nonsense ou finais inesperados.

A estrutura típica de um limerick é a seguinte:

As três primeiras linhas têm um ritmo anapesto, com três pés métricos (uma sílaba tônica seguida de duas sílabas átonas): da-da-DUM da-da-DUM da-da-DUM.
A quarta e a quinta linhas são mais curtas e têm um ritmo similar, mas com um pé métrico adicional no início: da-da-DUM da-da-DUM.
Além disso, os limericks geralmente apresentam um esquema de rimas AABB, o que significa que as primeiras, segunda e quinta linhas rimam entre si, assim como a terceira e a quarta linhas.

Os limericks são conhecidos por sua natureza divertida e costumam explorar situações engraçadas, personagens peculiares ou eventos inusitados. São uma forma popular de poesia leve e humorística.

Exemplo Limerick: Tatiana Belinky

Amarrei uma fita no dedo
Para não esquecer o segredo
Mas, reparem que azar
Esqueci de lembrar
Ai, que medo!

15. Concreto

Um poema concreto é uma forma de poesia em que a aparência física do texto é significativa e contribui para o seu significado. Ao contrário dos poemas tradicionais, que se concentram na linguagem escrita, os poemas concretos incorporam elementos visuais e espaciais para expressar sua mensagem.

O que torna um poema concreto único é a sua forma física, que muitas vezes assume a forma de desenhos, arranjos tipográficos, uso de cores, imagens ou outros elementos visuais. Esses elementos são cuidadosamente organizados para criar uma representação visual que complementa ou amplia o significado das palavras do poema.

O objetivo de um poema concreto é envolver os sentidos do leitor de uma maneira mais ampla, explorando o potencial expressivo do layout, da forma e do espaço. Ele desafia a noção convencional de poesia como algo estritamente baseado na linguagem escrita e busca uma interação mais direta com o leitor, estimulando tanto a percepção visual quanto a compreensão textual.

Em suma, um poema concreto é caracterizado pela sua forma física e visualmente expressiva, utilizando elementos gráficos e visuais para transmitir sua mensagem de forma mais abrangente.

Exemplo de poesia concreta: “Asas da Liberdade”

Voar
com asas
abertas
em um céu
sem limites
de possibilidades
e sonhos.

Agora que você tem uma compreensão das diversas formas de poesia tradicional dominadas pelos poetas do passado, você pode se sentir inspirado para criar a sua própria. Na próxima parte desta série, você poderá mergulhar nesse processo e aprender como escrever a sua própria poesia. Explore sua criatividade, experimente diferentes estilos e expressões, e descubra a magia de dar vida às palavras por meio da poesia. Esta jornada será uma oportunidade para você descobrir a voz única que habita em você e compartilhar suas emoções e pensamentos de uma forma bela e artística. Prepare-se para explorar as infinitas possibilidades poéticas que estão à sua espera!

Se você gostou deste artigo, pode gostar também de: